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Um convite à ousadia

Em defesa dos Direitos Humanos, da vida da classe trabalhadora e da pluralidade na política

No mundo, pouco mais de 2 mil bilionários têm mais riqueza que 60% da população mundial. O desenvolvimento tecnológico e industrial obedece apenas aos caprichos de enriquecimento deste setor, levando o planeta à beira do caos climático e à escassez de recursos naturais. Assim, as condições de vida de 99% da população do planeta caminha ao abismo. Só o ecossocialismo pode colocar a humanidade em outro caminho. O desemprego estrutural, a precarização das condições de trabalho e da própria vida, compõem um cenário de barbárie que precisa ser combatido.

A pandemia de COVID-19 escancarou a decadência do capitalismo e sua capacidade em garantir o direito à vida. Sua forma de produção predatória do ponto de vista ambiental e ecológico coloca a existência da humanidade em xeque. A burguesia nacional e internacional mostraram sua verdadeira face ao colocar como prioridade seus lucros ante a vida humana.

As derrotas de Trump nos EUA, Macri na Argentina e do golpismo na Bolívia são importantes exemplos que só a luta e mobilização popular mudam a vida! E só a derrota eleitoral não basta, Foi importante ter derrotado Bolsonaro e sua horda fundamentalista, o ultraliberalismo e o neofascismo com principal vertente. A vitória de Milei na Argentina foi um exemplo explícito de que o quê não avança, retrocede. A recuperação política de Trump vem assustando os setores progressistas no mundo, assim como o crescimento da extrema direita em Portugal. Não tem mistério: quando o povo não governa, quem cresce como alternativa e confiança política são os setores mais atrasados do establishment.

DEVEMOS SEGUIR MOBILIZANDO DESDE AS BASES DAS CATEGORIAS E DO PRECARIADO PARA REVERTER O LEGADO DEIXADO PELO GOVERNO ANTERIOR

"A criança que não é abraçada pela vila vai queimá-la para sentir seu calor." Provérbio africano

O tempo não para: reconquistar direitos e organizar as lutas populares para derrotar o neofascismo e o “centrão” chantagista. Na ausência de alternativas programáticas com base social ampla à esquerda e na insuficiência de alternativas da direita convencional, observa-se o crescimento da extrema-direita e o enfraquecimento de várias forças políticas tradicionais de centro, à esquerda ou à direita, a depender do contexto. A extrema-direita navega na crise capturando a frustração, indignação e medo das incertezas que atingem amplos setores sociais.

Mais do que nunca, num momento de grande retrocesso de consciência de classe e de lutas defensivas, é preciso continuarmos a apostar na mobilização popular. O direito ao transporte público se torna concessão; a terra cultivável, um crime; a aposentadoria, um sonho. Dessa forma, os parasitas marcham contra nossa própria existência, seja nas periferias das cidades assassinando nossa juventude através dos seus aparelhos de repressão ou no campo com seus jagunços executando lideranças populares.

Em Niterói a aliança que governa a cidade há 30 anos segue a lógica de uma cidade segregada. Nos cantões da burguesia, tudo funciona, servicos públicos a contento, privilegiando a especulação imobiliária com a nova Lei de Uso e Ocupação do Solo de iniciativa do governo Axel-Rodrigo (PDT) com a forte subserviência da Câmara Municipal em “fazer tudo que o mestre mandar ̈.

"Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres." Rosa Luxemburgo 

Ao longo da História da humanidade, mulheres sofrem as mais diversas e variadas formas de silenciamento por parte da classe dominante. Essa condição opressora é apropriada pelo capitalismo e reforçada pela ideia de branquitude que norteia o padrão de sociabilidade burguês.

Ao passo que a história avança, as mulheres se insurgem diante destas opressões e se tornam protagonistas de episódios que mudaram o curso da humanidade; como por exemplo, a greve de mulheres que se tornou o estopim para a Revolução Russa em 1917. Historicamente podemos observar que em tempos de intensas crises do capital, o cerceamento de direitos e intensificações das opressões compõem o arcabouço político para se “manter a ordem” dominante imposta.

As ameaças às mulheres - e não só mulheres, como negros, crianças e adolescentes e LGBTQI+ - sempre estiveram latentes no capitalismo, uma vez que estes setores que compõem a sociedade sempre foram vistos como “cidadãos de segunda classe (ou de terceira, ou quarta, ou nem como cidadãos de fato)”; o que sempre foi usado como justificativa para a inexorável ânsia de exploração e subjugação do capitalismo, visando lucros cada vez mais altos.

Entendemos que a formação social brasileira é marcada pela desigualdade social, étnico-racial e de gênero, as quais se perpetuam pelas gerações. Trezentos anos de escravidão, produziram infindas violências para as mulheres, principalmente negras e indígenas. Patriarcado e escravidão, são constitutivos da sociabilidade burguesa e se expressam de maneiras específicas no Brasil e países colonizados.

O capitalismo se consolida no mundo pela invasão e dominação dos territórios, impondo ao mundo um padrão de ser humano universal, que se configura ao homem, branco, patriarcal, heterossexual, cristão e proprietário, desconsiderando tudo aquilo que fuja a isto, principalmente as mulheres. Ao feminismo, é necessário romper com esta lógica colonizadora, que segrega e marginaliza.

O feminismo, como instrumento e fim de luta, precisa incorporar todas as pautas e bandeiras das trabalhadoras para combater tudo que nos explora e nos oprime. Não falamos aqui de um feminismo neoliberal, que não traz em si a superação da ordem, como a exemplo, a exploração das trabalhadoras domésticas. O feminismo tem de ser, antes de tudo, anticapitalista que parta de uma condição concreta de entendimento da exploração da vida e da trabalhadora: mulher, negra, indígena, que vive em territórios tomados pela violência do Estado e que tem os seus corpos perseguidos cotidianamente.

Para isso, o feminismo tem de ser comprometido com o direito à vida e a liberdade, responsável com o outro e a natureza que nos forma. É necessário o compromisso com as trabalhadoras e o rompimento com a ordem. As mulheres representam 52% do povo brasileiro, mas apenas 17,7% do Congresso Nacional, mesmo quando colocamos nessa conta figuras do quilate de Bia Kicis, Carla Zambelli e Daniela do Waguinho.

No RJ, a cada 7 dias uma mulher é vítima de feminicídio, e pelo menos uma pessoa é vítima de homofobia por dia. É preciso desde já demarcar uma linha do lado de cá. Aqui estão aqueles e aquelas que defendem o direito à vida das mulheres, do povo negro e das comunidades quilombolas, da companheirada LGBT+; o orçamento participativo; passe livre para estudantes e desempregados; salário mínimo digno e o fim da carestia imposta ao povo trabalhador.

Os setores historicamente oprimidos pelo capital, como negros e negras, LGBT+ e as mulheres têm dado a tônica e assumido o protagonismo nas recentes lutas de enfrentamento ao bolsonarismo na política e na sociedade. Quando aliados ao movimento social, sindical e popular, alcançamos a potência que todos nós desejamos ampliar cada vez mais. Feminista, como nos lembra Chimamanda Ngozi Adichie: é uma pessoa que acredita na igualdade econômica, social e política dos sexos. Acrescentamos que deva ser anticapitalista e antirracista, partindo da concepção de construção da classe internacionalista.

”A morte de uma organização acontece quando os de baixo já não querem e os de cima já não podem.” Lênin

As eleições de 2020 para o nosso partido no município um balanço contraditório. Tivemos a importante ampliação da nossa bancada de vereadores, com a renovação do mandato de luta do camarada Paulo Eduardo Gomes e a chegada de Benny Briolly e do Professor Túlio à casa legislativa municipal.

Ao mesmo tempo tivemos uma redução da votação majoritária em relação ao pleito anterior (de 2016). Nossa votação em 2020 é comparável ao apoio que tivemos em 2008, ano da primeira eleição municipal que nosso partido encarou tendo Paulo Eduardo Gomes como puxador na cabeça de chapa e que elegeu nosso saudoso Renatinho para a Câmara. O aumento da votação nominal foi menor em relação ao crescimento do eleitorado niteroiense nesse período (2008-2020). Precisamos observar melhor esse fenômeno, atuar para ampliar nosso lastro social, reconduzir nossa bancada e, se possível, até mesmo ampliar.

Enxergamos que existe um grupo hegemônico no diretório municipal que poderia tomar mais medidas para ampliar a democracia no partido. As instâncias de discussão e decisão, as plenárias regulares abertas a toda militância do partido, precisam ser cada vez mais valorizadas como forma de aproximar a militância ativa do partido na cidade das decisões mais importantes. Assim como ampliar os mecanismos de controle pela militância de base sobre a direção.

Precisamos combater o etarismo em nossas fileiras. Nossos militantes mais experientes têm muito a contribuir com o nosso partido! Apagar suas histórias é de uma crueldade sem fim, é jogar fora também a nossa história, as nossas origens. Somos o que somos hoje, o maior partido da esquerda na cidade, também muito por conta da contribuição daqueles e daquelas que vieram antes de muitos de nós. Não podemos tolerar a invisibilização de nossos camaradas mais antigos nas redes sociais, nas atividades públicas e abertas ao povo trabalhador niteroiense.


Nós queremos mais que paz, pão e terra. Convidamos a militância ativa, de luta e consequente do PSOL Niterói a construir junto conosco esse processo ativo de síntese programática e demonstração viva de democracia partidária.

Ousar lutar, ousar vencer! É na luta que se constrói o PSOL de Niterói!

| ASSINATURAS: |

Affonso Henriques; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Alcides Silva Núcleo Nísia Floresta
Ana Araújo Núcleo Nísia Floresta
Ana Carol do Couto Núcleo Nísia Floresta
Carla Andrade Núcleo Nísia Floresta
Christiane Roman Núcleo Nísia Floresta
Claudio Correia; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Daniel José Garcia dos Santos de Faria; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Deusdemar Correa dos Santos; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Diogo Lopes de Carvalho; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Eliana Conde Barroso Leite; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Ewerton P Núcleo Nísia Floresta
Fabiano Amaral Núcleo Nísia Floresta
Fabíola Palheta Núcleo Nísia Floresta
Fátima Alecrim Núcleo Nísia Floresta
Fernando José Rodrigues; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Fernando Tinoco Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Franklin Santos Buzeli; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Gabriel Ninfa; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Helena Palha; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Henrique Aiex Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Hugo Palha;   Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Jairo Augusto; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Jaqueline Guimarães Núcleo Nísia Floresta
Janete Guilher Núcleo Nísia Floresta
Javier Muller; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Jeane Mattos; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
João Victor Barbosa; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Joel Bartallini; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Juliana Moitinho Núcleo Nísia Floresta
LP Coutinho Núcleo Nísia Floresta
Lucia Helena de Andrade Santos; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Luiz Casado; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Luiz Vasquez; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Maria Ribeiro Gomes; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Marilza Barbosa; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Marlon RG Núcleo Nísia Floresta
Maycon Rangel; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Milena Sousa Núcleo Nísia Floresta
Paulo Eduardo Gomes Nosso vereador!
Pico Núcleo Nísia Floresta
Rafael do Couto Núcleo Nísia Floresta
Ray Luiza Soares Salgado Mulle Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Renata Palha Freire; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Ricardo Daher; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Rodolfo França Gomes; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Rodrigo Noel Núcleo Nísia Floresta
Sebastião Jorge Ferreira dos Santos; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Stela Francia; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Taiane Alecrim Núcleo Nísia Floresta
Telma Tinoco; Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Thiers Costa Castro Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes
Wagner Matheus Fagundes Souza Conselho Político do Mandato do vereador Paulo Eduardo Gomes

Thaís Souza - Núcleo Nísia Floresta

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