O conjunto de empreiteiras investigadas na operação Lava Jato da Polícia Federal investiram um total de R$ 277,2 milhões na última eleição (2014) do Brasil. PMDB, PT e PSDB foram, respectivamente, os principais beneficiados com os investimentos das empresas. O custo total das campanhas no Brasil também foi bem elevado, superou a marca dos R$ 5 bilhões em sua última edição.
Enquanto o PMDB abocanhou a maior fatia do dinheiro, levando R$ 51,7 milhões para seus cofres, o PT recebeu R$ 48,3 milhões e o PSDB mais R$ 35 milhões. Entre todos os partidos com cadeiras na Câmara Federal dos Deputados, apenas o PSOL não tem nenhum parlamentar financiado por essas empresas.
"As 10 empresas que mais investiram, elegeram sozinhas 70% da casa legislativa do país."
Além das maiores doadoras, OAS, Queiroz Galvão, Odebrecht e UTC, a Galvão, Engevix, Camargo Corrêa e Iesa também são empresas que fizeram investimentos milionários nas últimas eleições. A empreiteira OAS foi a que mais investiu nos candidatos. Sozinha, doou R$ 80 milhões para partidos diversos. A Queiroz Galvão investiu R$ 63 milhões, Odebrecht R$ 54,3 milhões e UTC Engenharia R$ 50,8 milhões. O retorno parece ser lucrativo da perspectiva de ganhar poder através da influência sobre políticos. As 10 empresas que mais investiram, elegeram, sozinhas, 70% da casa legislativa do país.
Câmara Federal - Deputados do PSOL denunciam relação de empreiteiras com o Congresso
Levando em consideração todos os partidos com legenda no país, 28 dos 32 existentes receberam dinheiro Lava Jato nas últimas eleições. Nesse cenário geral, somam-se ao Partido Socialismo e Liberdade os demais partidos de esquerda: PSTU, PCB e PCO como uma pequena exceção à generalização do financiamento privado de campanha na política brasileira.
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Fonte: TSE - Tribunal Superior Eleitoral